Uma boa forma de evitar prejuízos e reduzir os gastos é realizar a manutenção preventiva periódica nos equipamentos
A gestão da frota de veículos na propriedade agrícola permite conhecer os gastos com manutenção e obter um planejamento financeiro eficiente. Segundo levantamento realizado pela pela GAtec, empresa especializada em desenvolvimento e implantação de soluções em gestão agroindustrial, o combustível representa a maior parcela de todos os custos de uma frota de transporte no campo. Em caminhões canavieiros, o combustível pode chegar a mais de 50% do montante, segundo análise de performance de clientes do setor.
Na frota de caminhões de cana, 16,4% referem-se aos gastos com reparo e manutenção sendo que, deste volume, os pneus representam 26,4%, aponta o levantamento. “Os pneus merecem atenção, pois são fabricados com uma carcaça própria para ser reformada e exigem cuidados especiais como calibragem frequente e acompanhamento do desgaste”, diz Sandro Morete, diretor da GAtec. Os gastos com manutenção básica – trocas de óleos, filtros e graxas – representam a menor parcela (aproximadamente 1,2%), indicando que trocar o óleo na hora certa não custa caro e evita uma série de desgastes prematuros das peças. Confira dicas para reduzir os gastos com combustíveis.
1 – Consumo da frota
Conhecer o consumo médio da frota por modelo de equipamento e atividade. “Um bom sistema de gestão deve registrar todos os abastecimentos, gerar crítica e alerta a consumos excessivos além de gráficos comparativos com indicadores de consumo com a produção no mesmo período”, diz Morete.
2 – Manutenção preventiva
Uma boa forma de evitar prejuízos é realizar a manutenção preventiva periódica nos equipamentos e inspecionar frequentemente os veículos que tem consumo abaixo da média. Em relação aos pneus, é importante evitar rodar com desalinhamentos ou problemas na suspensão que possam causar desgaste irregular e prematuro na banda de rodagem.
3 – Condução econômica e segura
Treinar motoristas com programas de condução econômica pode reduzir os gastos com combustível. “Atitudes simples como desligar o motor durante longas paradas podem fazer uma diferença significativa no volume consumido”, afirma Morete. Programas de condução segura também podem incentivar atitudes simples, como uso correto do freio motor, relatar condições de alinhamento do veículo, observar a pressão do pneu (bater pneus) e evitar patinagens podem prolongar a vida útil dos pneus.
4 – Combustível de qualidade
De acordo com o diretor da GAtec, os combustíveis de má qualidade podem conter solventes ou contaminantes que deterioram as peças do sistema de injeção e o primeiro reflexo disto é alteração do consumo.
5 – Manutenção do pneu
É recomendável conhecer as marcas de pneus e modelos de carcaças e bandas de rodagens utilizados na frota. O desempenho dos pneus reformados, quilometragem média por vida, custo por quilômetro rodado, índice de recapagens e estatísticas de motivos de perda das carcaças sãos informações que devem ser monitoradas e analisadas.
6 – Pneu correto
Outra orientação importante é o uso do pneu correto em cada aplicação, com carcaça e banda indicadas de acordo com a carga transportada, tipo de terreno e de eixo – direcional, tração ou livre. Também é necessário retirar o pneu no momento ideal para enviar a recapagem, protegendo a carcaça e garantindo um maior índice de recapabilidade.
7 – Pressão irregular
É importante realizar a manutenção constante da pressão, fazer rodízio e inspecionar os pneus periodicamente, procurando por avarias na banda e carcaça que possam ser reparadas a tempo de evitar a perda do pneu. “O maior motivo de perda de pneus é pressão irregular”, diz Morete.
Veja: http://sfagro.uol.com.br/manutencao-de-frota-no-campo-7-dicas-para-economizar-combustivel/